Palavras…

Mais do que palavras… as palavras por si só não chegam…já não chegam…

As palavras por si só são tudo e não são nada…

As palavras ficam com quem as escreve…o problema é quando são lidas…quem as lê pode não estar no mesmo estado de espírito de quem as escreveu…e aí temos o desentendimento, os conflitos, a ilusão…

E foi a ilusão… substantivo feminino: 1. Engano dos sentidos ou pensamento. 2. O que se nos afigura ser o que não é. 3. Quimera. 4. Esperança irrealizável.

Foi a ilusão…a ilusão daquilo que se queria…a ilusão que poderia …do que não poderia…

E a ilusão é tramada porque cria o que não existe, e faz o que não se pode fazer…e vive o que não existe…

Deixar ir a ilusão é um luto…

Sem expectativas…

Como se distingue a expectativa do sonho…

Eu só quero o que é para mim…a sério que sim!! Apenas me pergunto com muita frequência se realmente é para mim, se é este o caminho.

Como distinguimos aquilo que é a expectativa daquilo que é o sonho! Aquilo que sonhamos porque queríamos…aquilo que é o sonho possível do sonho impossível…

Como chegamos a esse equilíbrio? Equilíbrio, crescimento, evolução… Nada acontece por acaso e tudo é aprendizado, sim é…mas nem sempre é fácil.

O que baralha aqui tudo isto é o equilíbrio entre a razão e a emoção.

Sentir e ser são passos chave.

Sentir… eu achava que estava pronta para esta nova lição…mas não sei se estou…

Trapézio sem rede…parte 2…

Cortei aquela corda…aquela achava eu… e cortei…achava eu que ia sentir aquela sensação libertadora inspiradora que nos inunda depois de enfrentarmos um medo…mas não, não foi essa a sensação, decepção…desilusão… sim a diferentes níveis.

Ao nível da expectativa do sentimento de liberdade… sem expectativas…ainda não aprendi, ohhh lição difícil esta…

A outro nível… a nível do que sou, da minha essência do que quero e do que será o meu caminho. A Nível do copo meio cheio e do copo meio vazio! Meio cheio sempre… tudo! quero tudo o que for para mim para o meu crescimento para a minha evolução.

Sentir é a opção do momento…talvez a minha maior desilusão esteja relacionada com o facto de eu saber que o caminho não é por ali…e então…se eu sei que o caminho não é por ali diz a razão…mas sei que o sentir está a ir por ali…como os junto? Como os coloco na mesma direcção… Na mesma estrada, no mesmo caminho…

Sermos diferentes dimensões nem sempre é fácil, termos a noção delas ainda menos.

Esta rabugice que me assola hoje o espírito

e a alma, tem mesmo a ver com estes dois caminhos que estão à minha frente e que ainda não os consegui juntar…tenho que voltar à minha essência e seguir o meu caminho…aquele caminho…

Trapézio sem rede…

E o que é a vida se não um continuo trapézio sem rede… Balançamos para um lado, para o outro…sempre com a esperança de não escorregar…de não cair (no chão ou na realidade).

Cortar as cordas que nos seguram ou que achamos que nos fazem sentir seguros…São também aquelas que nos amarram e não nos deixam viver…voar…

Não é fácil escolher lançarmos-nos para o infinito sem rede, sem cordas sem segurança…mas mais difícil que escolher é mesmo lançarmos

-nos… e sentir, sentir a emoção da viva, o vento a bater-nos na cara…e sentir o nosso corpo naquele movimento magnifico que é o balançar da vida…

Peguei na tesoura…e agora…

Tanto…

Tanto para dizer, tanto para sentir…

Eu entendi…a sério que sim…um sentimento novo todos os dias…mudar as rotinas e sentir, sentir a vida a acontecer, deixar e sentir…

Lindo, doce, intenso…

E não me esqueço daquelas palavras “dançar nas ondas de luz” viver e sentir, encher o coração de coisas boas, transbordar e dar aos outros…viver e sentir…amar…simplesmente amar!

Amar o todo sem distinção, sem limites, sem julgamento.

Obrigada!

Abrir as asas e voar…

Hoje tenho a sensação de estar a flutuar, é que consigo sentir o momento em que abro as asas e me elevo do chão para a minha existência.

E aí estou eu a voar pelo universo com uns movimentos tão suaves e profundos.

A sentir o peito a encher-se…ah e o vento a bater na cara!

Que sensação maravilhosa estar noutra dimensão…

Tanta luz!

É inebriante, a completa união com a minha alma…com o universo…com o infinito!

Tantas possibilidades…

Grito sufocado…

É o que sinto a algum tempo, que tenho um grito sufocado na garganta…um grito que me impede de avançar.

Uma âncora que me impede de continuar a viagem, que pura e simplesmente me trava a esta navegação que é a minha existência...

OLHAR para nós…

Olhar e gostar do que se vê! É tão bom, voltar a sentir que nos estamos a encontrar, como é importante voltar a gostar e a amarmo-nos.

Abençoada...

É assim que me sinto!

Abençoada pela vida que tenho.
Abençoada por todos aqueles que estão na minha vida!
Abençoada por ter sonhos.
Abençoada por tudo!!

Durante tanto tempo senti que tinha perdido, senti um vazio, senti o nada.
Às vezes precisamos de sentir o nada para mudar o rumo. Não foi fácil, do nada no peito chegou aquela dor dilacerante...que cortava por dentro...e depois não sei como ou quando, apenas sei que algo mudou. Na verdade o que mudou fui eu e segui outro rumo...